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26 de Abril de 2024

Resgatados de trabalho escravo recebem verbas rescisórias

Grupo tinha 14 paraguaios e três adolescentes e atuava na extração de madeira de eucalipto em fazenda

há 9 anos

Campo Grande – O grupo de trabalhadores paraguaios e brasileiros encontrado em condições degradantes atuando na extração de madeira de eucalipto recebeu verbas rescisórias após serem resgatados da fazenda Morada do Sol II, no município de Coxim (MS). As rescisões dos contratos e o pagamento foram realizados no dia 5 de dezembro por auditores-fiscais do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e servidores do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS).

No dia 3 de dezembro, 17 trabalhadores foram encontrados pela Polícia Militar na BR-359, em Coxim, a 260 km de Campo Grande, após denúncia anônima. Entre eles estavam 14 paraguaios e três adolescentes. Um dos empregados da exploradora de madeira foi preso, acusado de aliciamento, e permanece em Coxim.

Os trabalhadores foram contratados em Bella Vista Norte, no Paraguai, e levados à fazenda em dois grupos, nos dias 8 e 9 de outubro.

Irregularidades – Os trabalhadores não tinham registro em carteira, a alimentação era inadequada e as condições degradantes. Conforme o relatório da perícia do MPT, durante a inspeção, foram constatadas irregularidades nos alojamento, no fornecimento de água potável e nas instalações sanitárias. Não eram fornecidos equipamentos de proteção individual (EPIs) e os trabalhadores também não receberam qualquer tipo de treinamento para operar motosserras. As camas eram insuficientes para o número de trabalhadores alojados e foram constatadas evidências de que trabalhadores dormiam em colchões no chão e em camas na área externa do alojamento.

O pagamento, que somou pouco mais de R$ 57 mil, foi efetuado pelo responsável pela exploração da madeira e proprietário da empresa Floresta Verde Transportes e Madeiras Ltda. Os trabalhadores fronteiriços, brasileiros e paraguaios, com exceção de um brasileiro que voltou para Minas Gerais, retornaram para Bela Vista, que fica na fronteira com o Paraguai.

O MPT instaurou inquérito para investigar o caso.

Informações:

MPT em Mato Grosso do Sul

(67) 3358-3034

www.prt24.mpt.mp.br

twitter: @MPT_MS

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3 Comentários

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Parabéns ao Ministério Público do Trabalho. São atitudes como esta que promovem a justiça e igualdade social. continuar lendo

Pq. não condena aquele juizinho que se acha Deus na TAM, pelos escravos que tinha em suas terras????? continuar lendo

Excelente notícia : parabenizo os auditores do MTE, do MPT e a Polícia Militar. Às vezes lemos aqui, que os funcionáros públicos "não produzem nada". Depende do servidor...... continuar lendo